Alguns dos livros mais bonitos da Bíblia são jó, salmos, provérbios e eclesiastes, os livros de sabedoria e poesia.

outros muito agradáveis são as epistolas do novo testamento, e os ensinamentos de Jesus, alguns textos Bíblicos resumem a Bíblia toda!

Tem tanta coisa boa na Bíblia que eu resolvi fazer esse novo blog, com salmos, provérbios e outros textos bíblicos que eu simplesmente amo!

Espero poder te edificar com o conteúdo do blog, se não posso, quero pelo menos te agradar com esses textos maravilhosos.

salmo 22

1  DEUS meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido?
2  Deus meu, eu clamo de dia, e tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego.
3  Porém tu és santo, tu que habitas entre os louvores de Israel.
4  Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste.
5  A ti clamaram e escaparam; em ti confiaram, e não foram confundidos.
6  Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo.
7  Todos os que me vêem zombam de mim, estendem os lábios e meneiam a cabeça, dizendo:
8  Confiou no SENHOR, que o livre; livre-o, pois nele tem prazer.
9  Mas tu és o que me tiraste do ventre; fizeste-me confiar, estando aos seios de minha mãe.
10  Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe.
11  Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem ajude.
12  Muitos touros me cercaram; fortes touros de Basã me rodearam.
13  Abriram contra mim suas bocas, como um leão que despedaça e que ruge.
14  Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas.
15  A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da morte.
16  Pois me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores me cercou, traspassaram-me as mãos e os pés.
17  Poderia contar todos os meus ossos; eles vêem e me contemplam.
18  Repartem entre si as minhas vestes, e lançam sortes sobre a minha roupa.
19  Mas tu, SENHOR, não te alongues de mim. Força minha, apressa-te em socorrer-me.
20  Livra a minha alma da espada, e a minha predileta da força do cão.
21  Salva-me da boca do leão; sim, ouviste-me, das pontas dos bois selvagens.
22  Então declararei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação.
23  Vós, que temeis ao SENHOR, louvai-o; todos vós, semente de Jacó, glorificai-o; e temei-o todos vós, semente de Israel.
24  Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu.
25  O meu louvor será de ti na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem.
26  Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao SENHOR os que o buscam; o vosso coração viverá eternamente.
27  Todos os limites da terra se lembrarão, e se converterão ao SENHOR; e todas as famílias das nações adorarão perante a tua face.
28  Porque o reino é do SENHOR, e ele domina entre as nações.
29  Todos os que na terra são gordos comerão e adorarão, e todos os que descem ao pó se prostrarão perante ele; e nenhum poderá reter viva a sua alma.
30  Uma semente o servirá; será declarada ao Senhor a cada geração.
31  Chegarão e anunciarão a sua justiça ao povo que nascer, porquanto ele o fez.



autor: Davi, o rei

proverbios 30

1  PALAVRAS de Agur, filho de Jaque, o masaíta, que proferiu este homem a Itiel, a Itiel e a Ucal:
2  Na verdade eu sou o mais bruto dos homens, nem mesmo tenho o conhecimento de homem.
3  Nem aprendi a sabedoria, nem tenho o conhecimento do santo.
4  Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos nos seus punhos? Quem amarrou as águas numa roupa? Quem estabeleceu todas as extremidades da terra? Qual é o seu nome? E qual é o nome de seu filho, se é que o sabes?
5  Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele.
6  Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.
7  Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra:
8  Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume;
9  Para que, porventura, estando farto não te negue, e venha a dizer: Quem é o SENHOR? ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e tome o nome de Deus em vão.
10  Não acuses o servo diante de seu senhor, para que não te amaldiçoe e tu fiques o culpado.
11  Há uma geração que amaldiçoa a seu pai, e que não bendiz a sua mãe.
12  Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas que nunca foi lavada da sua imundícia.
13  Há uma geração cujos olhos são altivos, e as suas pálpebras são sempre levantadas.
14  Há uma geração cujos dentes são espadas, e cujas queixadas são facas, para consumirem da terra os aflitos, e os necessitados dentre os homens.
15  A sanguessuga tem duas filhas: Dá e Dá. Estas três coisas nunca se fartam; e com a quarta, nunca dizem: Basta!
16  A sepultura; a madre estéril; a terra que não se farta de água; e o fogo; nunca dizem: Basta!
17  Os olhos que zombam do pai, ou desprezam a obediência à mãe, corvos do ribeiro os arrancarão e os filhotes da águia os comerão.
18  Estas três coisas me maravilham; e quatro há que não conheço:
19  O caminho da águia no ar; o caminho da cobra na penha; o caminho do navio no meio do mar; e o caminho do homem com uma virgem.
20  O caminho da mulher adúltera é assim: ela come, depois limpa a sua boca e diz: Não fiz nada de mal!
21  Por três coisas se alvoroça a terra; e por quatro que não pode suportar:
22  Pelo servo, quando reina; e pelo tolo, quando vive na fartura;
23  Pela mulher odiosa, quando é casada; e pela serva, quando fica herdeira da sua senhora.
24  Estas quatro coisas são das menores da terra, porém bem providas de sabedoria:
25  As formigas não são um povo forte; todavia no verão preparam a sua comida;
26  Os coelhos são um povo débil; e contudo, põem a sua casa na rocha;
27  Os gafanhotos não têm rei; e contudo todos saem, e em bandos se repartem;
28  A aranha se pendura com as mãos, e está nos palácios dos reis.
29  Estes três têm um bom andar, e quatro passeiam airosamente;
30  O leão, o mais forte entre os animais, que não foge de nada;
31  O galo; o bode também; e o rei a quem não se pode resistir.
32  Se procedeste loucamente, exaltando-te, e se planejaste o mal, leva a mão à boca;
33  Porque o mexer do leite produz manteiga, o espremer do nariz produz sangue; assim o forçar da ira produz contenda.


autor: agur

proverbio 31

1  PALAVRAS do rei Lemuel, a profecia que lhe ensinou a sua mãe.
2  Como, filho meu? e como, filho do meu ventre? e como, filho dos meus votos?
3  Não dês às mulheres a tua força, nem os teus caminhos ao que destrói os reis.
4  Não é próprio dos reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes o desejar bebida forte;
5  Para que bebendo, se esqueçam da lei, e pervertam o direito de todos os aflitos.
6  Dai bebida forte ao que está prestes a perecer, e o vinho aos amargurados de espírito.
7  Que beba, e esqueça da sua pobreza, e da sua miséria não se lembre mais.
8  Abre a tua boca a favor do mudo, pela causa de todos que são designados à destruição.
9  Abre a tua boca; julga retamente; e faze justiça aos pobres e aos necessitados.
10  Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis.
11  O coração do seu marido está nela confiado; assim ele não necessitará de despojo.
12  Ela só lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida.
13  Busca lã e linho, e trabalha de boa vontade com suas mãos.
14  Como o navio mercante, ela traz de longe o seu pão.
15  Levanta-se, mesmo à noite, para dar de comer aos da casa, e distribuir a tarefa das servas.
16  Examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com o fruto de suas mãos.
17  Cinge os seus lombos de força, e fortalece os seus braços.
18  Vê que é boa a sua mercadoria; e a sua lâmpada não se apaga de noite.
19  Estende as suas mãos ao fuso, e suas mãos pegam na roca.
20  Abre a sua mão ao pobre, e estende as suas mãos ao necessitado.
21  Não teme a neve na sua casa, porque toda a sua família está vestida de escarlata.
22  Faz para si cobertas de tapeçaria; seu vestido é de seda e de púrpura.
23  Seu marido é conhecido nas portas, e assenta-se entre os anciãos da terra.
24  Faz panos de linho fino e vende-os, e entrega cintos aos mercadores.
25  A força e a honra são seu vestido, e se alegrará com o dia futuro.
26  Abre a sua boca com sabedoria, e a lei da beneficência está na sua língua.
27  Está atenta ao andamento da casa, e não come o pão da preguiça.
28  Levantam-se seus filhos e chamam-na bem-aventurada; seu marido também, e ele a louva.
29  Muitas filhas têm procedido virtuosamente, mas tu és, de todas, a mais excelente!
30  Enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa sim será louvada.
31  Dai-lhe do fruto das suas mãos, e deixe o seu próprio trabalho louvá-la nas portas.


autor: lemuel, o rei

hebreus 11

1  ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.
2  Porque por ela os antigos alcançaram testemunho.
3  Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.
4  Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala.
5  Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado, porque Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus.
6  Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.
7  Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé.
8  Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.
9  Pela fé habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa.
10  Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus.
11  Pela fé também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber, e deu à luz já fora da idade; porquanto teve por fiel aquele que lho tinha prometido.
12  Por isso também de um, e esse já amortecido, descenderam tantos, em multidão, como as estrelas do céu, e como a areia inumerável que está na praia do mar.
13  Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra.
14  Porque, os que isto dizem, claramente mostram que buscam uma pátria.
15  E se, na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar.
16  Mas agora desejam uma melhor, isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade.
17  Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito.
18  Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar;
19  E daí também em figura ele o recobrou.
20  Pela fé Isaque abençoou Jacó e Esaú, no tocante às coisas futuras.
21  Pela fé Jacó, próximo da morte, abençoou cada um dos filhos de José, e adorou encostado à ponta do seu bordão.
22  Pela fé José, próximo da morte, fez menção da saída dos filhos de Israel, e deu ordem acerca de seus ossos.
23  Pela fé Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei.
24  Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,
25  Escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado;
26  Tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.
27  Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.
28  Pela fé celebrou a páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos lhes não tocasse.
29  Pela fé passaram o Mar Vermelho, como por terra seca; o que intentando os egípcios, se afogaram.
30  Pela fé caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias.
31  Pela fé Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias.
32  E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel e dos profetas,
33  Os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões,
34  Apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos.
35  As mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição;
36  E outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões.
37  Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados
38  (Dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra.
39  E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa,
40  Provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados.



autor: desconhecido, talvez apolo.

lamentações de jeremias 3

1  EU sou aquele homem que viu a aflição pela vara do seu furor.
2  Ele me guiou e me fez andar em trevas e não na luz.
3  Deveras fez virar e revirar a sua mão contra mim o dia todo.
4  Fez envelhecer a minha carne e a minha pele, quebrou os meus ossos.
5  Edificou contra mim, e me cercou de fel e trabalho.
6  Assentou-me em lugares tenebrosos, como os que estavam mortos há muito.
7  Cercou-me de uma sebe, e não posso sair; agravou os meus grilhões.
8  Ainda quando clamo e grito, ele exclui a minha oração.
9  Fechou os meus caminhos com pedras lavradas, fez tortuosas as minhas veredas.
10  Fez-se-me como urso de emboscada, um leão em esconderijos.
11  Desviou os meus caminhos, e fez-me em pedaços; deixou-me assolado.
12  Armou o seu arco, e me pôs como alvo à flecha.
13  Fez entrar nos meus rins as flechas da sua aljava.
14  Fui feito um objeto de escárnio para todo o meu povo, e a sua canção todo o dia.
15  Fartou-me de amarguras, embriagou-me de absinto.
16  Quebrou com cascalho os meus dentes, abaixou-me na cinza.
17  E afastaste da paz a minha alma; esqueci-me do bem.
18  Então disse eu: Já pereceu a minha força, como também a minha esperança no SENHOR.
19  Lembra-te da minha aflição e do meu pranto, do absinto e do fel.
20  Minha alma certamente disto se lembra, e se abate dentro de mim.
21  Disto me recordarei na minha mente; por isso esperarei.
22  As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim;
23  Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade.
24  A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma; portanto esperarei nele.
25  Bom é o SENHOR para os que esperam por ele, para a alma que o busca.
26  Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do SENHOR.
27  Bom é para o homem suportar o jugo na sua mocidade.
28  Assente-se solitário e fique em silêncio; porquanto Deus o pôs sobre ele.
29  Ponha a sua boca no pó; talvez ainda haja esperança.
30  Dê a sua face ao que o fere; farte-se de afronta.
31  Pois o Senhor não rejeitará para sempre.
32  Pois, ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão, segundo a grandeza das suas misericórdias.
33  Porque não aflige nem entristece de bom grado aos filhos dos homens.
34  Pisar debaixo dos seus pés a todos os presos da terra,
35  Perverter o direito do homem perante a face do Altíssimo;
36  Subverter ao homem no seu pleito, não o veria o Senhor?
37  Quem é aquele que diz, e assim acontece, quando o Senhor o não mande?
38  Porventura da boca do Altíssimo não sai tanto o mal como o bem?
39  De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.
40  Esquadrinhemos os nossos caminhos, e provemo-los, e voltemos para o SENHOR.
41  Levantemos os nossos corações com as mãos para Deus nos céus, dizendo:
42  Nós transgredimos, e fomos rebeldes; por isso tu não perdoaste.
43  Cobriste-te de ira, e nos perseguiste; mataste, não perdoaste.
44  Cobriste-te de nuvens, para que não passe a nossa oração.
45  Como escória e refugo nos puseste no meio dos povos.
46  Todos os nossos inimigos abriram contra nós a sua boca.
47  Temor e laço vieram sobre nós, assolação e destruição.
48  Torrentes de água derramaram os meus olhos, por causa da destruição da filha do meu povo.
49  Os meus olhos choram, e não cessam, porque não há descanso,
50  Até que o SENHOR atente e veja desde os céus.
51  Os meus olhos entristecem a minha alma, por causa de todas as filhas da minha cidade.
52  Como ave me caçam os que, sem causa, são meus inimigos.
53  Cortaram-me a vida na masmorra, e lançaram pedras sobre mim.
54  Águas correram sobre a minha cabeça; eu disse: Estou cortado.
55  Invoquei o teu nome, SENHOR, desde a mais profunda masmorra.
56  Ouviste a minha voz; não escondas o teu ouvido ao meu suspiro, ao meu clamor.
57  Tu te aproximaste no dia em que te invoquei; disseste: Não temas.
58  Pleiteaste, Senhor, as causas da minha alma, remiste a minha vida.
59  Viste, SENHOR, a injustiça que me fizeram; julga a minha causa.
60  Viste toda a sua vingança, todos os seus pensamentos contra mim.
61  Ouviste a sua afronta, SENHOR, todos os seus pensamentos contra mim,
62  Os lábios dos que se levantam contra mim e os seus desígnios me são contrários todo o dia.
63  Observa-os ao assentarem-se e ao levantarem-se; eu sou a sua música.
64  Tu lhes darás recompensa, SENHOR, conforme a obra das suas mãos.
65  Tu lhes darás ânsia de coração, maldição tua sobre eles.
66  Na tua ira os perseguirás, e os destruirás de debaixo dos céus do SENHOR.


autor: jeremias, o profeta

lamentações de jeremias 2

1  COMO cobriu o Senhor de nuvens na sua ira a filha de Sião! Derrubou do céu à terra a glória de Israel, e não se lembrou do escabelo de seus pés, no dia da sua ira.
2  Devorou o Senhor todas as moradas de Jacó, e não se apiedou; derrubou no seu furor as fortalezas da filha de Judá, e abateu-as até à terra; profanou o reino e os seus príncipes.
3  No furor da sua ira cortou toda a força de Israel; retirou para trás a sua destra de diante do inimigo; e ardeu contra Jacó, como labareda de fogo que consome em redor.
4  Armou o seu arco como inimigo, firmou a sua destra como adversário, e matou tudo o que era formoso à vista; derramou a sua indignação como fogo na tenda da filha de Sião.
5  Tornou-se o Senhor como inimigo; devorou a Israel, devorou a todos os seus palácios, destruiu as suas fortalezas; e multiplicou na filha de Judá a lamentação e a tristeza.
6  E arrancou o seu tabernáculo com violência, como se fosse a de uma horta; destruiu o lugar da sua congregação; o SENHOR, em Sião, pôs em esquecimento a festa solene e o sábado, e na indignação da sua ira rejeitou com desprezo o rei e o sacerdote.
7  Rejeitou o Senhor o seu altar, detestou o seu santuário; entregou na mão do inimigo os muros dos seus palácios; deram gritos na casa do SENHOR, como em dia de festa solene.
8  Intentou o SENHOR destruir o muro da filha de Sião; estendeu o cordel sobre ele, não retirou a sua mão destruidora; fez gemer o antemuro e o muro; estão eles juntamente enfraquecidos.
9  As suas portas caíram por terra; ele destruiu e quebrou os seus ferrolhos; o seu rei e os seus príncipes estão entre os gentios, onde não há lei, nem os seus profetas acham visão alguma do SENHOR.
10  Estão sentados na terra, silenciosos, os anciãos da filha de Sião; lançam pó sobre as suas cabeças, cingiram sacos; as virgens de Jerusalém abaixam as suas cabeças até à terra.
11  Já se consumiram os meus olhos com lágrimas, turbadas estão as minhas entranhas, o meu fígado se derramou pela terra por causa do quebrantamento da filha do meu povo; pois desfalecem o menino e a criança de peito pelas ruas da cidade.
12  Ao desfalecerem, como feridos, pelas ruas da cidade, ao exalarem as suas almas no regaço de suas mães, perguntam a elas: Onde está o trigo e o vinho?
13  Que testemunho te trarei? A quem te compararei, ó filha de Jerusalém? A quem te assemelharei, para te consolar, ó virgem filha de Sião? Porque grande como o mar é a tua quebradura; quem te sarará?
14  Os teus profetas viram para ti, vaidade e loucura, e não manifestaram a tua maldade, para impedirem o teu cativeiro; mas viram para ti cargas vãs e motivos de expulsão.
15  Todos os que passam pelo caminho batem palmas, assobiam e meneiam as suas cabeças sobre a filha de Jerusalém, dizendo: É esta a cidade que denominavam: perfeita em formosura, gozo de toda a terra?
16  Todos os teus inimigos abrem as suas bocas contra ti, assobiam, e rangem os dentes; dizem: Devoramo-la; certamente este é o dia que esperávamos; achamo-lo, vimo-lo.
17  Fez o SENHOR o que intentou; cumpriu a sua palavra, que ordenou desde os dias da antiguidade; derrubou, e não se apiedou; fez que o inimigo se alegrasse por tua causa, exaltou o poder dos teus adversários.
18  O coração deles clamou ao Senhor: Ó muralha da filha de Sião, corram as tuas lágrimas como um ribeiro, de dia e de noite; não te dês descanso, nem parem as meninas de teus olhos.
19  Levanta-te, clama de noite no princípio das vigias; derrama o teu coração como águas diante da presença do Senhor; levanta a ele as tuas mãos, pela vida de teus filhinhos, que desfalecem de fome à entrada de todas as ruas.
20  Vê, ó SENHOR, e considera a quem fizeste assim! Hão de comer as mulheres o fruto de si mesmas, as crianças que trazem nos braços? Ou matar-se-á no santuário do Senhor o sacerdote e o profeta?
21  Jazem por terra pelas ruas o moço e o velho, as minhas virgens e os meus jovens vieram a cair à espada; tu os mataste no dia da tua ira; mataste e não te apiedaste.
22  Convocaste os meus temores em redor como num dia de solenidade; não houve no dia da ira do SENHOR quem escapasse, ou ficasse; aqueles que eu trouxe nas mãos e sustentei, o meu inimigo os consumiu.

autor: jeremias, o profeta

lamentações de jeremias 1

1  COMO está sentada solitária aquela cidade, antes tão populosa! Tornou-se como viúva, a que era grande entre as nações! A que era princesa entre as províncias, tornou-se tributária!
2  Chora amargamente de noite, e as suas lágrimas lhe correm pelas faces; não tem quem a console entre todos os seus amantes; todos os seus amigos se houveram aleivosamente com ela, tornaram-se seus inimigos.
3  Judá passou em cativeiro por causa da aflição, e por causa da grande servidão; ela habita entre os gentios, não acha descanso; todos os seus perseguidores a alcançam entre as suas dificuldades.
4  Os caminhos de Sião pranteiam, porque não há quem venha à festa solene; todas as suas portas estão desoladas; os seus sacerdotes suspiram; as suas virgens estão tristes, e ela mesma tem amargura.
5  Os seus adversários têm sido feitos chefes, os seus inimigos prosperam; porque o SENHOR a afligiu, por causa da multidão das suas transgressões; os seus filhinhos foram para o cativeiro na frente do adversário.
6  E da filha de Sião já se foi toda a sua formosura; os seus príncipes ficaram sendo como corços que não acham pasto e caminham sem força adiante do perseguidor.
7  Lembra-se Jerusalém, nos dias da sua aflição e dos seus exílios, de todas as suas mais queridas coisas, que tivera desde os tempos antigos; quando caía o seu povo na mão do adversário, e não havia quem a socorresse; os adversários a viram, e fizeram escárnio da sua ruína.
8  Jerusalém gravemente pecou, por isso se fez errante; todos os que a honravam, a desprezaram, porque viram a sua nudez; ela também suspira e volta para trás.
9  A sua imundícia está nas suas saias; nunca se lembrou do seu fim; por isso foi pasmosamente abatida, não tem consolador; vê, SENHOR, a minha aflição, porque o inimigo se tem engrandecido.
10  Estendeu o adversário a sua mão a todas as coisas mais preciosas dela; pois ela viu entrar no seu santuário os gentios, acerca dos quais mandaste que não entrassem na tua congregação.
11  Todo o seu povo anda suspirando, buscando o pão; deram as suas coisas mais preciosas a troco de mantimento para restaurarem a alma; vê, SENHOR, e contempla, que sou desprezível.
12  Não vos comove isto a todos vós que passais pelo caminho? Atendei, e vede, se há dor como a minha dor, que veio sobre mim, com que o SENHOR me afligiu, no dia do furor da sua ira.
13  Desde o alto enviou fogo a meus ossos, o qual se assenhoreou deles; estendeu uma rede aos meus pés, fez-me voltar para trás, fez-me assolada e enferma todo o dia.
14  O jugo das minhas transgressões está atado pela sua mão; elas estão entretecidas, subiram sobre o meu pescoço, e ele abateu a minha força; entregou-me o Senhor nas mãos daqueles a quem não posso resistir.
15  O Senhor atropelou todos os meus poderosos no meio de mim; convocou contra mim uma assembléia, para esmagar os meus jovens; o Senhor pisou como num lagar a virgem filha de Judá.
16  Por estas coisas eu ando chorando; os meus olhos, os meus olhos se desfazem em águas; porque se afastou de mim o consolador que devia restaurar a minha alma; os meus filhos estão assolados, porque prevaleceu o inimigo.
17  Estende Sião as suas mãos, não há quem a console; mandou o SENHOR acerca de Jacó que lhe fossem inimigos os que estão em redor dele; Jerusalém é entre eles como uma mulher imunda.
18  Justo é o SENHOR, pois me rebelei contra o seu mandamento; ouvi, pois, todos os povos, e vede a minha dor; as minhas virgens e os meus jovens foram levados para o cativeiro.
19  Chamei os meus amantes, mas eles me enganaram; os meus sacerdotes e os meus anciãos expiraram na cidade; enquanto buscavam para si mantimento, para restaurarem a sua alma.
20  Olha, SENHOR, porque estou angustiada; turbadas estão as minhas entranhas; o meu coração está transtornado dentro de mim, porque gravemente me rebelei; fora me desfilhou a espada, em casa está a morte.
21  Ouviram que eu suspiro, mas não tenho quem me console; todos os meus inimigos que souberam do meu mal folgam, porque tu o fizeste; mas, em trazendo tu o dia que apregoaste, serão como eu.
22  Venha toda a sua maldade diante de ti, e faze-lhes como me fizeste a mim por causa de todas as minhas transgressões; porque os meus suspiros são muitos, e o meu coração está desfalecido.


autor: jeremias, o profeta

salmo 150

SALMO  150
1  LOUVAI ao SENHOR. Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento do seu poder.
2  Louvai-o pelos seus atos poderosos; louvai-o conforme a excelência da sua grandeza.
3  Louvai-o com o som de trombeta; louvai-o com o saltério e a harpa.
4  Louvai-o com o tamborim e a dança, louvai-o com instrumentos de cordas e com órgãos.
5  Louvai-o com os címbalos sonoros; louvai-o com címbalos altissonantes.
6  Tudo quanto tem fôlego louve ao SENHOR. Louvai ao SENHOR.


autor:desconhecido

saumo 1

  SALMO  1
1  BEM-AVENTURADO o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
2  Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite.
3  Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.
4  Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha.
5  Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos.
6  Porque o SENHOR conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá.

autor do salmo: desconhecido

salmo 91

 SALMO  91
1  AQUELE que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.
2  Direi do SENHOR: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei.
3  Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa.
4  Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel.
5  Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia,
6  Nem da peste que anda na escuridão, nem da mortandade que assola ao meio-dia.
7  Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti.
8  Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios.
9  Porque tu, ó SENHOR, és o meu refúgio. No Altíssimo fizeste a tua habitação.
10  Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda.
11  Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.
12  Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra.
13  Pisarás o leão na* cobra; calcarás aos pés o filho do leão na* serpente.
14  Porquanto tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei em retiro alto, porque conheceu o meu nome.
15  Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; dela o retirarei, e o glorificarei.
16  Fartá-lo-ei com longura de dias, e lhe mostrarei a minha salvação.


*: na tradução de joão ferreira de almeida foi tradusido "e a" incinuando que satanas é o leão, mais o termo correto é "na", sendo assim Jesus é o leão, e satanas a cobra que ruge como leão(I Pedro 5 : 8).

autor do salmo: desconhecido

salmo 23

 SALMO  23
1  O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará.
2  Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas.
3  Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.
4  Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
5  Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
6  Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do SENHOR por longos dias.


autor: Davi, o rei